Finalmente, o objetivo maior dos países que controlam a OTAN foi alcançado: Mataram o "ditador" líbio, Muammar Qadhafi/Kaddafi/Gadafi (Escolham o modo como se escreve).
Sem ter como ser julgado, ele passará para a História como um ditador sanguinário e excêntrico que dormia em barracas durante encontros internacionais. E não haverá como desmentir, contrariar a tese ou defender a honra do beduíno que governou o outrora segundo país mais próspero da África por mais de 40 anos.
O cara teve seus pecados? Teve, sim (Quem nunca teve?); sendo o que eu considero mais grave o de nunca ter preparado um sucessor (Quisesse um governo vitalício, instituísse a Monarquia!). Mas seus passos acertados na condução da Líbia serão apagados da História, e as futuras gerações o considerarão como as gerações pós-1945 consideraram Hitler: Um monstro sanguinário que tocava o país com mãos de ferro.
A OTAN fez sua parte, matando tantos civis inocentes quanto podia e botando tudo na conta do Qadhafi e/ou de seus defensores. O governo sucessor, que erguerá a nova-velha bandeira da Líbia será mais um fantoche dos EUA e da UE, que entregará todos seus recursos naturais (Notadamente, o petróleo) em mãos estrangeiras. E o povo, que não era assim tão próspero, mergulhará na miséria e no caos. Mulheres serão relegadas a meros objetos, perdendo seus direitos obtidos com Qadhafi, focos de extremismo e intolerância religiosa pontilharão o país com atentados, e tudo o que a Líbia conquistou com Qadhafi será varrido do mapa pelos extremistas tribais.
Por precaução, eu salvei uma e-cópia do "Livro Verde" de Qadhafi, antes que seja aniquilado.
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