quarta-feira, 29 de junho de 2011

Por que cutucam tanto a ferida da Segunda Guerra?

Uma coisa estranha que tenho observado desde que eu passei a me interessar pelo Nacional-Socialismo alemão, foi o número simplesmente ABSURDO de mídias (Publicações, filmes, documentários, mesmo histórias em quadrinhos) que tratam da Segunda Guerra Mundial. Eu acho que existem mais filmes que tratam da Segunda Guerra do que de todas as outras guerras da História. Cada semana, revistas que falam da Segunda Guerra pipocam nas bancas, todas falando a mesma ladainha: Hitler era um monstro, os nazistas mataram cerca de 6 milhões de judeus, a Alemanha vivia oprimida, os Aliados (Em especial os americanos) lutaram e venceram as tropas de Hitler e a Alemanha foi libertada.

Uma mentira atrás da outra.

E essas mentiras são constantemente renovadas a cada mês, ou a cada semana. Todo ano tem um filme que fala da Segunda Guerra, mesmo que seja um curta (Este ano teremos, adivinhe? Capitão América!), toda semana alguma editora lança algo que fala de Hitler, dos Judeus durante a Segunda Guerra, da SS, da Gestapo (Que, depois da guerra, foi transferida para os EUA e virou, adivinhe? A CIA!), do Dia D, dos "heróis anônimos", de Auschwitz, de Anne Frank, et cetera, et cetera...

Mas de Dresden, ninguém fala. Do Massacre de Katyn, ninguém fala. De Holomodor, ninguém fala. Dos civis bósnios mortos pela OTAN na extinta Iugoslávia, ninguém fala. Do Genocídio Armênio, ninguém fala. De Hiroshima e Nagasaki, só foram lembrar agora por causa do desastre de Fukushima.

Estranho, não?

Mesmo as guerras mais recentes, como a Guerra da Coreia, e a Guerra do Vietnã, e a Primeira Guerra do Afeganistão, ninguém escreve uma letra mais. Irã-Contras? Quando? E as intervenções criminosas dos EUA? E os milhões de mortos do regime soviético? E Pol Pot, que ergueu uma parede com os crânios de seus opositores? Se quiser, consulte os livros de História pra saber. E olhe lá!

Mas de Hitler e do Nazismo, nossa, deve ter até uma Wikipédia exclusiva só tratando do assunto. E, lógico, proferindo as mesmas abobrinhas que todos os veículos midiáticos foram instruídos a passar. Afinal, o Dragão precisa ser feroz e malvado para a glória do Cavaleiro que o matou, não?

A razão é simples: "Uma mentira, se contada mil vezes, será aceitada como verdade". Mas quem citou essa frase não foi Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Essa frase é bem mais antiga.

Muitos defendem Israel, porque diz-se que os judeus foram vítimas de genocídio. Pois, os armênios foram vítimas de genocídio por parte dos turcos, e não existe uma alma na internet que levante a voz para defender a Armênia ou condenar a Turquia. Os ucranianos foram vítimas de genocídio por parte dos russos, e não há quem relembre Holomodor, defendendo os ucranianos. Ninguém condenou (por muito tempo) as bombas em Hiroshima e Nagasaki, jogadas depois do fim da Segunda Guerra, ninguém condenou os militares americanos por suas atrocidades no Vietnã. Populações ao redor do mundo foram (e ainda são) vítimas de sucessivos genocídios, e nenhuma voz se levanta por elas. Só Israel é defendido, só os judeus são lembrados.

E quem defenderá os palestinos das atrocidades de Israel?

Parece-me que o Cavaleiro que matou o Dragão era um Cavaleiro Negro, e a princesa resgatada, na verdade, uma Bruxa. E o Dragão, pelo visto, não era tão mau assim.