terça-feira, 27 de novembro de 2012

Esparta? Valha-me Deus, NÃO!

Dentre a biblioteca modesta de livros NS e correlatos, acabei trazendo entre os downloads um curioso livro chamado "Esparta e sua Lei". Curioso, porque, apesar de ser em PDF, tinha o terço inferior faltando em todas as páginas, o que tornava incompreensível o sentido do texto.

Mas, nas "folheadas" que eu dei no arquivo, pude ver que não se tratava de uma obra Nacional-Socialista, mas sim, de mais um manifesto White-Power.

O livro conta o passado das civilizações europeias como se fosse uma conversa de bar. Se, por um lado, torna a leitura mais agradável (melhor dizendo: "palatável") a quem o lê, por evitar usar tantos termos técnicos, por outro lado mostra as barbaridades dos povos antigos como se fossem coisas positivas. Trocando em miúdos, o autor do livro sente tanto orgulho das atrocidades dos espartanos quanto um judeu sente orgulho das atrocidades dos antigos hebreus (O Antigo Testamento está cheio delas). Fala de domínio da Raça Branca, a "Nova Raça Espartana Superior", cujos "pais" seriam os Nacional-Socialistas de hoje... Pára tudo!

Primeiro, existe uma coisa que nos difere das raças antigas, que é a chamada Evolução. Sim, aqueles tempos eram tempos difíceis, matava-se para não ser morto, mas a tecnologia de hoje permite-nos ter uma vida saudável (Desde que bem disciplinada) sem ser necessário praticar atrocidades contra "povos inferiores" pelas ruas. O passado é passado e, no caso de Esparta, muito bem passado.

Segundo, os que nasciam deficientes não tinham chance em Esparta, eram mortos em nome da eugenia tribal da época. Não, os arroubos violentos à moda viking não são algo do qual o ariano precise perder tempo em se orgulhar. Hoje, todos têm direito à vida, ainda que não seja uma vida contemplativa e seja repleta de limitações. Vide Stephen Hawking, um dos maiores físicos de toda História, vítima de uma doença degenerativa que praticamente destruiu seu corpo. Em uma sociedade "espartana", ele teria sido jogado em um poço profundo, tão logo se manifestassem os seus primeiros sinais de sua "imperfeição".

Uma sociedade Espartana só tem lugar nos livros de História, como resuiltado de uma cultura atrasada, xenófoba, destruidora e sadisticamente cruel. Como são hoje os White-Powers.

Por sua vez, Atenas é tida no livro citado como decadente, inferior... Vale lembrar, qual é a capital da Grécia hoje? Não, não é Esparta. Atenas prosperou sob as bênçãos de Atena, a Deusa da Sabedoria, e a Sabedoria prevaleceu sobre a Força Bruta. Em uma sociedade civilizada (Aliás, no citado livro, "civilização" também é qualidade depreciativa), a Sabedoria sempre sobressai à Força Bruta.

Se você é Nacional-Socialista, não tenha Esparta como inspiração. Esqueça o filme "Os 300 de Esparta", a História mostra um comportamento totalmente  diferente. Houveram civilizações arianas (E mesmo não-arianas) muito mais exemplares. Pois, para os Espartanos da época, assim como para os Judeus de ontem, hoje e sempre, todos os outros povos não passam de escravos, cuja única função na vida é servir ao "povo Superior" ou "povo Eleito".

Até porque, um livro que menciona Atlântida como uma certeza, em vez de uma teoria, não merece assim tanto crédito.

Um verdadeiro Nacional-Socialista mantém a sua casa em ordem, mas mantém também a paz com seus vizinhos. Vamos manter o Nacional-Socialismo em ordem, expurgando de nosso meio as influências viciosas, mesmo as que se dizem "Nacional-Socialistas"!

Ravengar

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